sábado, 2 de março de 2013

Bebês de 2 a 6 meses: estímulo sonoro

Uma amiga querida, a Juliana Belli, também mãe de gêmeos, me pediu a algumas semanas algumas dicas de como começar a estimular bebês a partir de Montessori.

Foi então que automaticamente me veio a mente o que fiz para estimular os passarinhos, sendo que há aqui uma pequena diferença, como os passarinhos nasceram prematuros quando estavam com 2 meses eles basicamente ficavam quietinhos, pouco abriam os olhos, ISSO DE DIA, claro...

Lembrei também que nessa fase eu ainda não escrevia o blog, também pudera meu único anseio naquele período era o de tomar um longo banho quentinho, dormir uma noite inteira, ter vontade de tirar o pijama, entre todas as angústias que passamos nesse período, TURBULENTO, de adaptação.

Bem, como os passarinhos nasceram prematuros eles demoraram um pouco mais do que um bebê nascido a termo para responder a estímulos ou mesmo abrir os olhos e se atentarem a algum objeto visual, por outro lado eles já ouviam e COMO, desde que os vi a primeira vez na UTI Neo eles abriram os olhos assim que ouviram minha voz, o que foi uma delícia, por sinal.

No geral o bebê de 2 meses não tem ainda a habilidade motora para segurar determinados objetos e explorá-los, logo sua fonte de informação é através de estímulos sonoros e visuais.

Neste post falarei sobre estímulos sonoros especificamente e no próximo falarei sobre estímulos visuais, explico o motivo da separação, o post estava ficando ENORME, achei melhor separar e poder organizar melhor o pensamento.

Como eles pouco abriam os olhos, o primeiro estímulo foi o sonoro, desde sempre contei muitas histórias, inclusive as mesmas que contava quando eles estavam na barriga. Desde muito cedo o bebê já pode perceber que estão contando a ele uma história, percebe os sons, as entonações, e certamente este momento de contar histórias para o bebê ainda pequenino serve para estreitar os laços de intimidade entre a mãe e os bebês, o bebê consegue perceber que a voz que fala com ele é a mesma que esteve sempre em sua vida, desde a barriga, o que dá aos bebês uma sensação de segurança. Para saber mais como lidar com o bebê e a literatura segue para este post AQUI.

Passarinhos aos 2 meses, numa conversinha saudável, Bernardo contando causos para o Mano.
E aos 4 meses ouvindo histórias, era exatamente assim que eu os colocava, no carrinho de frente para mim.

Cantei MUITO e ainda canto para eles, cantigas de criança, até hoje a preferida deles é A casa do Vinícius de Moraes. Além disso comprei e também ganhamos muitos Cds de música clássica e bossa nova. Além é claro da Adriana Partimpim, paixão desde sempre deles, Os Saltimbancos do Chico Buarque, que eles dançam e tentam cantar junto. Acredito que num primeiro momento é interessante primar por músicas mais calmas, para que o bebê não fique inquieto e incomodado com informação demais. Portanto iniciar com músicas clássicas, bossa nova, música de ninar, é uma boa pedida. O Palavra Cantada tem um CD super fofo de canções de ninar, os dois gostavam muito, ficavam tranquilos e chegavam a dormir ouvindo. Abaixo imagem com alguns dos CDs que utilizei e recomendo.

1. A Bossa do Bebê. 2. As favoritas do Bebê - O bebê chegou. 3. Canções de Ninar do Palavra Cantada. 4. Os Saltimbancos do Chico Buarque. 5. Adriana Partimpim 1. 6. Adriana Partimpim 2.
Sou sincera em dizer que não sai comprando todos os CDs que eu queria, estes são alguns que temos pois comprei mas a grande maioria ganhamos assim que eles nasceram, aqui vai um grande agradecimento a madrinha Valéria, que deu a grande maioria. Alguns, especialmente os de música clássica baixei da internet, até porque não é MUITO fácil encontrar cd de música clássica para bebê para comprar. Para quem se interessar alguns links de CDs que baixei e utilizei aqui:


Além do estímulo sonoro ser saudável e relaxante para os bebês há ainda o fato de que algumas pesquisas indicam que a música clássica poderia tornar os bebês mais inteligentes, o que é chamado de "Efeito Mozart". Li sobre isso já na gestação e por isso mesmo comecei a disponibilizar todas as noites um momento em que relaxava, deitava e ouvia música clássica junto deles dois na minha barriga. Se percebi algum resultado na inteligência deles?

Não posso afirmar, mas posso afirmar que eles conseguiram perceber que estavam escutando algo conhecido, e percebia claramente pelos olhares e movimentos que o som era algo do qual eles sentiam prazer ao ouvir, certamente por já ouvirem desde a barriga. Houve ainda um momento bastante especial, quando o Benjamin estava na UTI sedado, para utilizar o respirador, me aproximei bastante dele e cantei Alecrim, música que cantava para eles enquanto tomava banho na gestação, ele segurou minha mão e sua respiração ficou ofegante, mesmo sedado, ele percebia que eu estava ali, pela música.

É inegável o poder de intimidade que o som pode proporcionar a mãe e aos bebês.

Para quem se interessar sobre o "Efeito Mozart" cliquem AQUI, AQUI e AQUI, e leiam os artigos.

Antes de terminar gostaria de salientar a importância de cantar músicas regionais e cantigas infantis, acredito que o bebê que ouve músicas regionais e cantigas infantis está conhecendo e descobrindo MUITO sobre o mundo em que vive, sobre nossos costumes, sobre sua história, sobre o ser humano. É sim uma forma de levar conhecimento para os bebês, por isso Ciranda Cirandinha, Alecrim, Sapo Cururu, Borboletinha, A barata, e outras tantas, são sim músicas que devem ser cantadas para os bebês, vejam bem, somos de uma geração que ouviu e cantou cantigas de rodas, e fomos felizes por isso, portanto devemos proporcionar momentos de magia e prazer como os que tivemos na nossa infância.

E sabe a melhor parte disso? Tenho certeza que todas nós lembramos de pelo menos uma ou duas cantigas das que cantávamos quando crianças, cantar essas cantigas para nossos bebês nos dará a sensação de nostalgia, de felicidade e de amor, tudo de que nossos bebês precisam para crescerem felizes e saudáveis.

E caso já não lembrem mais de alguma melodia, não tem problema, corre pro Deus Google ou para o You Tube, digita cantiga de roda e BUM, um mundo de letras, melodias, cantigas, músicas, para todos os gostos e lembranças.

Então chega de conversa, que o negócio a parti de agora é cantar, já diz o ditado que:

QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA!

=D

5 comentários:

  1. Olá Caroline,
    Gostei muito do ninho da sua família! Seus gêmeos são encantadores, e muito gostoso ler o que você escreve. Em breve (semana que vem talvez) nascerá meu segundo bebê e esse post foi ótimo de ler nesse momento. Moro em Jaraguá do Sul, somos praticamente vizinhas... haha
    Obrigada pela visita, e pode me esperar por aqui!
    Bjs
    Diana

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    1. Ai que coisa boa, moramos pertinho, fiquei feliz, cheia de vontade de te conhecer, já que és a única blogueira que conheci do mesmo estado que o meu =D
      Adorei a visita, e sim volte sempre...
      BJS

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  2. Carol, como sempre um ótimo texto, de grande ajuda. Eu também sempre cantei pro Pititico. Ele tem suas canções preferidas. Na hora de dormir eu tenho que cantar "a dona aranha subiu pela parede...", rs.

    Gracinha os passarinhos pequeninos!

    Depois vai chegar na idade do Pititico né?

    Beijo grande!

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    Respostas
    1. SIM amiga, vamos crescendo juntos nessa, já tenho um material para falar do estímulo sonoro em bebês de 1 ano, logo publico =D
      BJS

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  3. Adorei Carol!
    Muito importante seu relato e que animador saber que cantava e q através da música pôde estar com o pequeno na UTI, claro q ele lembrou das cantigas... uma delícia!
    Por aqui tb adoro recordar, confesso q as músicas clássicas não fazem parte de nosso repertório mas cantigas antigas, é o q mais cantamos e músicas de adoração ao Senhor, Joseph louvando é lindo!
    Amei o post, bjss

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